sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Entre o prazer e o sofrimento

O único estado no qual a pessoa pode se tornar uma residente permanente é o espaço que nem é este nem aquele.

Neste espaço existe uma qualidade de silêncio e serenidade. É claro, no começo parece muito sem sabor, porque não existe sofrimento nem prazer. Mas todos os sofrimentos e todos os prazeres são apenas excitação.
A excitação da qual você gosta, você chama de prazer; a excitação da qual você não gosta, você chama de sofrimento. Algumas vezes acontece de você poder começar a gostar de uma certa excitação e ela pode se tornar prazer, e você pode começar a gostar de uma outra excitação e ela pode se transformar em sofrimento.
Assim, a mesma experiência pode se tornar sofrimento ou prazer; depende de seu gostar e desgostar. Relaxe no espaço entre o prazer e o sofrimento. Esse é o estado mais natural de relaxamento. Quando você começar a estar nele, a senti-lo, aprenderá o seu sabor. Chamo a isso de sabor do Tao.
Ele é como o vinho; no começo será muito amargo. Você precisa aprender. E esse é o vinho mais concentrado que existe, a mais notável bebida alcoólica do silêncio e da serenidade.
Você se embriaga com ele. Aos poucos você entenderá o seu sabor. No começo ele não tem gosto, porque sua língua está repleta de sofrimentos e prazeres.

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