segunda-feira, 26 de abril de 2010

A essência está à vontade

A meditação é uma espécie de remédio — seu uso será apenas passageiro. Quando você tiver apreendido a qualidade, não precisará praticar mais nenhuma meditação em particular, pois a atitude meditativa é que deverá permear todos os cantos da sua vida.
Andar é Zen, sentar-se é Zen.
Qual será então essa qualidade? A pessoa passa a andar de maneira vigilante, alerta, alegremente, sem metas a atingir, centrada, com amor, deixando-se fluir. E o caminhar é despreocupado. A pessoa senta-se com amor, alerta, vigilante, desinteressadamente — sem estar buscando alguma coisa em especial, mas apenas desfrutando a beleza do sentar-se sem fazer nada, o quanto isso é relaxante, repousante...
Depois de uma longa caminhada, você se senta à sombra de uma árvore, e a brisa vem e o refresca.
A cada momento é preciso que a pessoa esteja bem consigo mesma — não empenhada em melhorar, cultivando alguma coisa, praticando alguma coisa.
Andar é Zen, sentar-se é Zen.
Falando ou em silêncio, movimentando-se, em repouso, a essência está à vontade. A essência está à vontade: esta é a idéia-chave. A essência está à vontade: esta é a afirmação-chave.
Faça o que quiser, mas, no âmago mais profundo, permaneça à vontade, frio, calmo, centrado.



Osho, em "The Sun Rises in the Evening"

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